Pedagogia e Religião
Paulo Freire representa um dos maiores e mais significantes educadores do século XX. Conhecido mundialmente por sua coragem de pôr em prática um autêntico trabalho de educação, que identifica a alfabetização como um processo de conscientização.
Até aqui por meio de outras matérias e do grupo anterior abordamos o pensamento prático-teórico de Freire nossa proposta agora é, introduzir um outro tópico do seu pensamento: A influência do pensamento teológico em suas obras.
As idéias de Freire fazem parte de um pensamento teológico que ficou conhecido como Teologia da Libertação. Em termos simples, a Teologia da Libertação é uma tentativa de interpretar a Escritura através do sofrimento dos pobres. É em grande parte uma doutrina humanista.
Tudo começou na América do Sul, na turbulenta década de 1950, quando o marxismo estava fazendo grandes ganhos entre os pobres por causa de sua ênfase na redistribuição da riqueza, permitindo que os camponeses pobres participassem da riqueza da elite colonial e, assim, melhorasse a sua situação econômica na vida.
A trilogia das pedagogias de Paulo tem aproximação deste pensamento, são elas: A Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Esperança e Pedagogia da Autonomia.
Podemos então afirmar que o contexto no qual se localiza o pensamento freiriano é o da herança cristã/humanista
Para dizer da importância e da influência do religioso na obra do autor, reproduzimos suas próprias palavras em correspondência a um jovem teólogo: “Ainda que eu não seja teólogo, mas um ‘enfeitiçado’ pela teologia que marcou muitos aspectos de minha pedagogia, tenho, às vezes, a impressão de que o Terceiro Mundo pode, por isso, converter-se em uma fonte inspiradora do ressurgir teológico” (Freire, 1979, 90).
De maneira muito mais abrangente, voltamos a afirmar que a questão religiosa acompanha a obra de Paulo Freire desde os primeiros momentos de sua formação