Pedagogia do oprimido cap 1
A Justificativa da Pedagogia do Oprimido, o autor, faz referência a escolha de seu tema baseando-se na desumanização como realidade histórica, onde o “ser mais” é o individuo opressor e o “ser menos” o indivíduo oprimido. Propõem a separação dessa contradição a partir de uma re-humanização dos oprimidos, e ressaltando que ser livre é um direito de todos os homens, indiferente de classes as quais pertençam. O texto trata esses dois conceitos freireanos, como o opressor sendo todo aquele que detém o poder e dominação, e por outro lado o oprimido é aquele que não detém esse poder e domínio.
A consciência do oprimido esta condicionada por um mundo preparado pelo opressor, existindo uma dualidade que envolve sua consciência: onde de um lado, a uma questão de identificação do oprimido com o opressor, e de outro, o desejo e a necessidade de libertar-se. Ou seja, existe uma aderência, se o oprimido não tiver um ideal claro e bem definido de libertação, ao buscá-la pode tornar-se opressor. Isso ocorre pelo fato do oprimido estar condicionado a pensar dentro dos modelos opressores, que determinam que ser homem é ser opressor. O opressor, pela sua condição de oprimir, explorar e violentar, não poderá ser libertador dos oprimidos, embora tente amenizar esta condição com sua “falsa generosidade”, porém instaurando cada vez mais a injustiça social. A libertação do oprimido deverá vir do próprio oprimido ao se conscientizar de sua situação, e através do exercício do conhecimento e reconhecimento, criando um senso crítico apurado, se reconhecer como cidadão e homem livre, e se opor aquele que o oprime no exercício de seu direito, além lutar contra o desamor contido na violência dos opressores. Deve compreender as causas da opressão e enfrentar o seu medo da liberdade, sendo isso um papel