Pedagogia da terra
O MOVIMENTO DOS Trabalhadores Rurais Sem Terra, também conhecido como Movimento dos Sem Terra ou MST, é fruto de uma questão agrária que é estrutural e histórica no Brasil. Nasceu da articulação das lutas pela terra, que foram retomadas a partir do final da década de 70, especialmente na região Centro-Sul do país e, aos poucos, expandiu-se pelo Brasil inteiro. O MST teve sua gestação no período de 1979 a 1984, e foi criado formalmente no Primeiro Encontro Nacional de Trabalhadores Sem Terra, que se realizou de 21 a 24 de janeiro de 1984, em Cascavel, no estado do Paraná.
Hoje o MST está organizado em 22 estados, e segue com os mesmos objetivos definidos neste Encontro de 84 e ratificados no I Congresso Nacional realizado em Curitiba, em 1985, também no Paraná: lutar pela terra, pela Reforma Agrária e pela construção de uma sociedade mais justa, sem explorados nem exploradores.
O termo Pedagogia da Terra é uma construção social e, como tal, não tem autoria individualizada. Gadotti (2000,p.20) nos diz que “a nossa Pedagogia da Terra, como o canto do poeta, não pertence àqueles e àquelas que a escreveram, mas àqueles e àquelas que dela necessitam em sua luta cotidiana por uma escola melhor, por um mundo melhor...” Principalmente baseado em Paulo Freire - Pedagogia da Libertação, onde suas vivências são valorizadas. Roseli Caldart e Karl Marx, onde teoria e práticas estão juntas. Entre outros...
A Pedagogia do Movimento é aquela que educa através do próprio movimento da luta pela terra, com todas as suas contradições, enfrentamentos, conquistas e derrotas, ensinando que nada é impossível de mudar. Educa através do exercício da cooperação, pois nasce de um coletivo que descobriu um passado comum e se vê como construtor de um mesmo futuro, que nascerá baseado em novas relações sociais de trabalho e novas formas de divisão de tarefas, onde o natural é pensar no bem estar comum e não apenas no próprio bem.
E ainda, educa através do