Partes
Medidas que sugiram mudanças utópicas não podem ser efetivas. Talvez, por isso, o “Mais Médicos” seja visto por alguns como um investimento econômico inviável ao país. Todavia, posicionar-se contra um programa que leva médicos, mesmo estrangeiros, até pessoas em áreas remotas e periféricas que não os têm é não ser nada altruísta. Assim, o proposito do governo busca, sobretudo, proporcionar saúde pública à população, mas a sua implementação, por meio deste projeto governamental, tem se mostrado falha.
A busca por políticas públicas que visam a soluções a curto prazo merece crédito, pois, configura um caminho. Contudo, os ditames constitucionais não devem ser ofendidos em prol do direito fundamental à saúde. Sinais indicativos de irregularidades em tal esquema foram dados pelo meio jurídico, mas a administração parece ter preferido ficar inerte, esperando ações judiciais que, em especial dos cubanos, com certeza, lesarão os cofres públicos.
Soma-se a esse quadro caótico o conjunto de deficiências que teimam em comprometer a execução deste plano de assistência médica, a falta de infraestrutura, por exemplo, de certa maneira, compromete a eficácia de um atendimento. Outro fator agravante é que alguns profissionais participantes do sistema não fizeram o Revalida, por isso, eles precisam ser submetidos à supervisão continua. No entanto, o CRM devido ao fato de receber informações incompletas o que, sem dúvida, dificulta o processo de fiscalização por ele.
Acrescenta-se também a questão de que, no caso dos cubanos, existe ainda circunstancias que lembram a relação do escravo e do feitor. Isto se deve ao fato deles serem vigiados por representantes do seu país de origem. Além disto, a liberdade de locomoção deles, de certo modo, está restringida por Cuba e não pelo Brasil, logo, o país perde sua soberania em seu próprio território. Com isso, demonstra-se uma série de equívocos que podem comprometer um projeto dotado de boas intenções.
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