padroado regio
O controle do Estado sobre a Igreja
Isto se deu com a permissão de Roma e aconteceu através do sistema do Padroado. Considerava-se o Estado “oficialmente católico”, com o dever de proteger a Igreja, dizendo estar ao seu serviço, cuidando da sua missão primeira que era conquistar os infiéis para Cristo e “salvar almas”. Podemos identificar nessa situação de união a fonte do conservadorismo católico da América, reinante em diversos setores católicos ainda nos dias de hoje.
O domínio do Estado se fez a partir das concessões da Santa Sé e assim a Igreja se fez mediadora da dominação das classes subalternas pelas classes dominantes. A partir desta confirmação do Papa os europeus incluíram como finalidade de sua expansão a propagação da fé de Cristo e de seu evangelho. A empreitada colonial era vista, portanto, como uma empreitada de fé. A Praxis Colonial se legitima por uma fundamentação religiosa. "...a partir da Lei do Padroado muitas vezes o ato de colonizar se confundia com o de evangelizar; a ordem temporal se misturava com a ordem espiritual, a esfera política com o eclesial e o econômico com o evangélico".
O papa, que ainda mantinha-se como a maior autoridade do mundo, primeiramente reconheceu o domínio de Portugal sobre as terras descobertas ou por descobrir, mas seu domínio era exclusivo na África, e tudo o que procedesse de modo contrário seria excomungado. A coroa portuguesa recebeu o Direito do Padroado e junto, o dever de propagação da fé entre os povos