CONFLITOS DE JURISDIÇÃO ENTRE ESTADO E IGREJA NA MODERNIDADE NO BRASIL
1 INTRODUÇÃO 3
2 DISPUTAS ENTRE IGRJA E ESTADO 4
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 7
REFERÊNCIAS 8
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo a análise das tensões e dos conflitos entre o poder secular e o poder eclesiástico no Maranhão Colonial, inserindo-a em uma perspectiva mais ampla das relações entre a Igreja e o poder civil no Império português. A partir do estudo mais aprofundado dos conflitos pretendemos também fazer um exame acerca das superposições das jurisdições e ainda buscaremos compreender melhor o cotidiano político-administrativo do Maranhão e perceber nele as disputas por poder, privilégio e distinção.
2 DISPUTAS ENTRE IGREJA E ESTADO
Quando se pensa sobre as relações entre a Igreja e o poder civil na modernidade o que vem à cabeça, em geral, é a imbricação entre essas esferas. Refletir sobre as monarquias entre meados do século XVI ao XVIII significa refletir também sobre sua sacralidade. O rei, além de ser a representação política maior de um Estado, vestia-se igualmente de um corpo sagrado, como vigário de Deus. O monarca não podia prescindir da Igreja em muitos níveis. Na Europa ocidental, os Estados modernos souberam utilizar os elementos da religiosidade católica para alcançar a sociedade e assim exercer um maior controle sobre ela. Portugal não foi uma exceção. Às grandes navegações, por exemplo, coube a Roma legitimar. A descoberta de novos territórios e sua colonização foi tema de muitas bulas papais e seus ideais passaram também a ser os ideais de um catolicismo sedento de expansão (principalmente se considerarmos o contexto da Reforma protestante).
Nunca foram bem definidos os limites entre as jurisdições da Igreja e do Estado. As questões tornaram-se ainda mais conflituosas quando no século XVIII, ascendeu ao poder o ministro marquês de Pombal com a sua política regalista que tentava cada dia mais secularizar o Estado português. Mesmo distante da