Os árabes na Península Ibérica
Os árabes, após a morte do profeta Maomé, começaram sua expansão. Em 710 morre o rei visigodo e, na ausência de herdeiros legítimos, Rodrigo, “o último dos godos”, assume o poder, e Na tentativa de restaurar o poder recorre à ajuda dos árabes.Dessa forma, os árabes compostos de tropas berberes, liderados por Tarik conseguem vencer os usurpadores do trono godo e, o que a principio era uma “ajuda”, passa a ser uma dominação. Trocando em miúdos, os árabes que de certa forma foram “convidados” pelos godos aproveitaram a situação e consolidaram sua ocupação na península e encontraram resistência somente nos reinos cristãos do norte, que se formaram na tentativa de evitar a ocupação completa da península. Do ponto de vista econômico o califado também se diverge do restante da Europa uma vez que a atividade econômica predominantemente exercida pelos árabes era o comércio. Vale destacar que o próprio profeta Maomé era um comerciante antes da revelação em 622. O povo árabe, originalmente devido ás caravanas do deserto, já possuíam o comércio como atividade de destaque. Além disso, o uso sistemático da moeda colocava os muçulmanos numa situação muito diversa do restante da Europa, em que tal unidade de valor estava quase extinta. Para finalizar, os árabes também possuíam um manejo da terra que proporcionava uma alta produção agrícola, muito diferente das recorrentes crises da Germânia ou das terras nórdicas, além da divisão da terra em pequenas e médias propriedades, o que reduzia a concentração. No aspecto sócia-cultural, a região árabe foi marcada pelas trocas culturais entre cristãos e muçulmanos e em grande medida foi mais “tolerante” perante os povos diversos, muito diferente da intolerância e perseguição religiosa feita na Europa católica.