Os restauradores
Em “Os restauradores”, o autor chama a atenção à diferença entre conservação e restauração, para ele os conservadores são tidos como “homens necessários e beneméritos” ao passo que os restauradores são quase sempre “supérfluos e perigosos”. Afirmando por exemplo: “ uma coisa é conservar, outra é restaurar, ou melhor, com muita frequência uma é o contrário da outra.”, ou seja, Fala ainda, sobre as formas de restauração de diversas artes, seja elas esculturas, pinturas e/ou arquitetura, cada uma possuindo suas particularidades e complexidades.
“ Para bem restaurar é necessário amar e entender o monumento, seja estátua, quadro ou edifício, sobre o qual se trabalha, e do mesmo modo para a arte antiga em geral.”, entender o monumento é conservar seu velho aspecto artístico e pitoresco, e que, quando for necessário complementos, se indispensáveis, e as adições, se não podem ser evitadas, demonstrem não ser obras antigas, mas obras de hoje.
“O restaurador deve ser então uma espécie de operário, que encontra na própria ignorância o mais seguro dos freios para repintar e para completar ou deve ser um pintor, consciencioso...” Na pintura, condiz que devemos saber o momento exato de parar, valorizando sempre sua forma primitiva, intervindo o mínimo possível. Nas esculturas, não poderiam haver complementos, caso não houvessem uma documentação da obra, pois assim evitaria que desfigurassem a obra original, os conceitos iniciais do autor desta, sem acréscimos e nem embelezamentos. Já na arquitetura, cria uma teoria intermediária: Se afasta de Le-Duc e Ruskin: não aceitava complementar, modificar edifícios, agregar partes novas ainda que não tenham nunca existido na história da edificação; e também não concordava com que a restauração seria a destruição do edifício. Boito, defendia a mínima intervenção nas obras: “nem acréscimos, nem supressões”, pois