Tratamento Restaurador Atraumático

Introdução

Nos países industrializados, há disponibilidade de recursos técnicos e profissionais à população para a saúde bucal. Já nos países não industrializados, faltam recursos humanos especializados, energia elétrica e recursos financeiros para a compra e manutenção de equipamentos, dificultando o estabelecimento da odontologia.
No Brasil, tem-se tecnologia de ponta, porém, disponível para uma pequena parcela da população. Em razão da carência de assistência odontológica convencional, há uma alta prevalência de cárie e milhões de Brasileiros desdentados. (GARBIN, 2010)
Buscando uma alternativa ao tratamento convencional, foi desenvolvido um tratamento simplificado, denominado “tratamento restaurador atraumático” (TRA). Este tratamento não emprega equipamentos sofisticados e materiais que funcionem com energia elétrica, e surgiu como alternativa para o controle da evolução das lesões de cárie.
Muitas vezes, a população menos favorecida tinha como opção de tratamento apenas a extração dos elementos dentários comprometidos, representando, o tratamento restaurador atraumático, um ganho em saúde para essa população.
O tratamento restaurador atraumático, tem um aspecto relevante para o sucesso de sua execução, o não uso de “motor” e de “injeções”, faz com que diminua a ansiedade dos pacientes. (CARVALHO, 2009)
De acordo com Garbin (2010), “a técnica do ART é de simples execução e baixo custo, envolve apenas a remoção do tecido dental infectado, por meio de instrumentos cortantes manuais, seguida do preenchimento da cavidade com material restaurador adesivo, comumente o cimento de ionômero de vidro (CIV)”.
O objetivo deste trabalho é expor e discutir os principais aspectos relacionados com o tratamento restaurador atraumático, por meio de uma revisão de literatura, e relatar o caso clínico de um paciente com grande destruição na dentição decídua e que foi submetido a este tratamento.