Os partidos políticos – maurice duverger
Livro II Os sistemas de partidos
O texto inicia-se com a descrição de o que são os sistemas de partidos políticos, enquanto resultado de alguns fatores específicos de cada país e delimitando os fatores comuns a todos os países, que são: ideológicos, técnicos e socioeconômicos. Segundo Duverger, os sistemas de partidos e os sistemas eleitorais são dificilmente isolados um do outro e durante esse capítulo, citará três postulações gerais sobre a influência do escrutínio nos partidos políticos.
Primeiramente, a representação proporcional tenderá a sistemas de partidos múltiplos, rígidos e estáveis, mantendo mais ou menos intacto os partidos existentes tradicionais e possibilitando a existência de novos pequenos partidos, mas sem se limitar a eles. Havendo uma atenuação ao crescimento do multipartidarismo nesse regime de representação, freando a tendência ao dualismo partidário. Os novos partidos, pequenos e/ou fracos, poderão recuperar votos que antes não lhes podiam ser dados, minimizando a polarização sentida em escrutínio de turno único, agora que nenhum voto poderá ser considerado ‘’perdido’’, ocorrendo o inverso do processo de despolarização.
E é válido salientar a não existência em país algum durante o regime de representação proporcional, sistemas bipartidaristas.
Após a exemplificação da primeira influência, o autor passará ao escrutínio majoritário de dois turnos, que tenderá a um sistema multipartidário. Segundo análise de dados empíricos, Duverger confirma que em quase todos os países de dois turnos são multipartidários já que a diversidade de partidos políticos não compromete a representação global, havendo sempre constantes reagrupamentos. Nesse sistema as ideologias totalitárias podem coexistir, com uma consequente independência recíproca das oposições.
Enquanto a terceira e última postulação de base para uma análise da relação de sistemas de partidos e sistemas eleitorais, abordará o escrutínio