Os paradoxos da exploração
Os conceitos marxistas de mais-valia absoluta e relativa já evidenciavam formas de exploração dos trabalhadores. O que diferenciava a mais-valia absoluta era a estagnação econômica, já que não havia acumulação de capital, e as elevadas taxas de mão-de-obra infantil; ao contrário, na mais-valia relativa havia acumulação de capital e consequentemente crescimento econômico, além de uma estabilidade demográfica. Gerando assim formas de controle e exploração dos trabalhadores em ambos os casos. A produtividade e a lucratividade passam a ter maior importância para os capitalistas, sendo o fator humano esquecido. Fato evidenciado por grandes empresas transnacionais, como Schutz e a Nike que utilizam de mão-de-obra barata de países menos desenvolvidos, explorando os trabalhadores, submetendo-os a condições precárias de trabalho e remunerando-os de forma injusta, uma vez que os produtos retornam aos países mais evoluídos sendo vendidos a preços exorbitantes. Utilizando como exemplo, o caso da Schutz que proporciona aos seus trabalhadores condições extremamente precárias de vida. Eles moram dentro das fábricas, chegando até a dormir por lá, sua jornada de trabalho chega a 17 horas diárias. O que proporciona baixíssimos custos e elevados lucros para os capitalistas. Tendo como forma de controle a remuneração feita pela produtividade, os trabalhadores realizam o trabalho de forma adequada aos padrões pré-estabelecidos, sendo então, o controle uma forma de aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos. Uma vez que, a produção é artesanal o que proporciona maior atenção aos detalhes do produto e menor índice de defeitos. Esses tipos de exploração da força de trabalho do individuo intensificou-se com o surgimento dos modos de produção Fordista e Toyotista, descentralizando o trabalho, criando assim um trabalhador mais especializado, com uma produtividade maior. Esses modos de produção também trouxeram o aumento no controle dentro das