Contabilidade internacional
O crescimento e a globalização da actividade das empresas e dos mercados provocaram um aumento das aquisições de sociedades estrangeiras, assim como um aumento das necessidades financeiras que estiveram na origem do desenvolvimento dos mercados de capitais internacionais. Este constante crescimento internacional originou a que a contabilidade, elemento essencial de comunicação financeira, diferisse pelo seu conteúdo e seus modos de aplicação de país para país.
Neste ponto é necessário avaliar se tal facto é ou não de extrema importância. Aqui as opiniões divergem e não é possível chegar a uma resposta exacta; por um lado, em certos casos essas diferenças podem provocar ineficiências ou distorções no comportamento económico, mas por outro também se defende que a contabilidade nacional preenche perfeitamente a sua função, onde uma evolução eventual para uma harmonização contabilística também poderá provocar essas mesmas e outras ineficiências. O que parece ser mais correcto é que as alterações contabilísticas que venham a surgir num determinado país são mais facilmente explicadas e previstas se estiver em vigor uma política de harmonização contabilística.
O problema da contabilidade a nível internacional não é tão simples quanto aparenta, dado que qualquer tentativa de modificação da linguagem contabilística pode criar um efeito nefasto sobre a qualidade da mensagem transmitida. Por exemplo, no caso de vir a existir uma alteração no modo de medição dos proveitos, justificado pelo facto de se pretender chegar a uma aproximação a nível internacional, tal poderá modificar o relacionamento com investidores nacionais ou de vir a ter consequências fiscais significativas.
Analisando estes factos admite-se que as regras e práticas contabilísticas são influenciadas pelo ambiente onde se inserem, tendo em consideração que a internacionalização económica e cultural, que temos vindo a assistir desde os anos 60 tem