Os impasses da alfabetização
A criação da Direção nacional de alfabetização e educação de adultos (DNAEA) a principio se apresenta como uma ferramenta de apelo a participação popular no processo de institucionalização. Mas segundo Irene esse processo de alfabetização já estava em andamento espontaneamente, por meio de algo surgido meio a própria população, o lema era : Quem sabe ensina; quem não sabe aprende. Em 1964 logo no inicio da luta armada o índice de analfabetismo de pessoas que não sabiam ler e escrever o Português era de 99,6%, e então logo depois da independência em 1975 ocorre uma corrida pela alfabetização, era a conquista de um direito, essa explosão da alfabetização se deu comais força nas cidades não se tinha um método ou uma linha a se seguir, as pessoas se juntavam produziam materiais e ensinavam em escolas casas e espaços que pudessem ser aproveitados.
A (DNAEA) é criada em fevereiro de 1976 com o objetivo de estruturar nacionalmente o trabalho, é um órgão novo dentro do ministério da educação e cultura. O grupo foi formado por três pessoas nacionais e dois técnicos estrangeiros chamados (cooperantes internacionalistas), das pessoas envolvidas somente duas apresentavam experiências anteriores na área. Junto á essa diretoria funcionava um grupo responsável pela produção do Livro de alfabetização de adultos, esse livro deveria apresentar um caráter nacional.
Após a produção do Livro de alfabetização foi produzido um manual, ambos materiais destinados a primeira campanha de alfabetização nacional. Já na segunda e terceira campanha notou-se a necessidade de melhorar o suporte aos alfabetizadores, então foi adicionado ao primeiro material um caderno de apoio pedagógico, que buscava suprir as falhas mais gritantes do primeiro material pedagógico emitido, também foi vinculado um programa radiofônico semanal, para a escuta coletiva dos educadores, funcionando como uma forma de reciclagem a distancia.
Já para a quarta campanha