Organizações Holográficas e Mecanizadas
A figura holográfica tem como principal peculiaridade o fato de que qualquer de suas partes pode ser usada para a reconstituição do todo. Ou seja, se tomarmos um fragmento de um holograma poderá reconstruí-lo a partir do mesmo.
No holograma, o todo está presente em cada parte. A organização holográfica procura, portanto, criar processos nos quais o todo esteja contido nas partes, de tal forma que cada parte represente um todo. O princípio da organização holográfica é colocar o todo nas partes, através da utilização da redundância de funções, aumento da rede de conexões e obtenção de generalização e especialização simultâneas. Isto significa a incorporação de funções extras a cada uma das partes operacionais para que cada parte possa executar mais funções ao invés de somente uma tarefa específica. Os gerentes determinam somente o que é imprescindível na execução das tarefas, incrementando a flexibilidade interna e a criatividade, abrindo espaço para responder com agilidade a modificações, dificuldades, imprevistos ou novas ocorrências.
Algumas pessoas ainda debatem a respeito da conveniência de se formar profissionais, especialistas, concentrados em uma área bem restrita de conhecimento, visando aprofundá-la ou generalistas, possuidores de uma visão globalizante. Este é um falso dilema. Tanto as pessoas quanto os setores organizacionais tem que buscar, concomitantemente, o conhecimento técnico especializado e a visão global e integrada dos problemas.
O importante não é o tamanho da estrutura de uma organização e sim a capacidade que ela possui de articular-se, a qualidade de seus processos.
As seguintes recomendações devem ser seguidas pelas organizações que buscam a adoção de um modelo holográfico de gestão:
Garanta o todo em cada parte.
Crie conexão e redundância.
Crie simultaneamente especialização e generalização.
Não predetermine nada além de absolutamente necessário.
Crie a capacidade de auto-organização.
Crie condições