Organização e metodologia no ensino fundamental
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ATPS – LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO – ETAPA 3 No Brasil, no século XX, assistimos a mudanças conceituais na forma de conceber o processo de ensino aprendizagem da língua escrita na fase escolar. Nesse cenário, a alfabetização foi concebida por uma multiplicidade de enfoques que foram se tornando hegemônicos nas práticas educativas, como os fundamentados no ensino repetitivo e mecanizado de letras, sílabas, palavras e frases descontextualizadas. Ao observarem os problemas decorrentes dessas abordagens teórico-metodológicas, diversos estudos, especialmente no campo da Linguagem e da Psicologia, apontaram a necessidade de revermos as práticas de alfabetização que dificultam a entrada do texto na sala de aula, defendendo uma mudança de postura na forma de conceber a linguagem e o seu papel na constituição de sujeitos. Compreendemos que essas questões, quando tratadas no campo das instituições educativas infantis, são particularmente desafiadoras, pois remetem-nos a considerar as concepções de infância e de educação que orientam as práticas educativas nessa etapa da escolarização básica, bem como as condições em que foram e são produzidas. Nessa perspectiva, levantamos as contribuições decorrentes de pesquisas nessa área do conhecimento, dialogando com diferentes dados que se constituíram em indicadores fundamentais para o presente estudo, como os apresentados por Smolka (1988), Nogueira (1991), Azenha (1992), Semensato (1992), Sampaio (1994), Passos (1995), Ramos (1995), Garuti (1995), Abaurre, Fiad e Mayrink-Sabinson (2002), Kramer (2003), Souza (2003), Goulard (2003). Esses estudos apontaram a necessidade de buscarmos percursos investigativos condizentes com a realidade sociocultural da qual emergem os processos educativos institucionalizados, ressaltando que a aproximação com o cotidiano escolar e com as práticas que se desenvolvem na sala de aula se constitui em aspecto fundamental para compreendermos como têm sido reelaborados os diferentes