Organismos Geneticamente Modificados
Um estudo do Instituto de Pesquisa Médica Walter and Eliza Hall, na Austrália, descobriu uma evidência preocupante do impacto sobre a saúde de alimentos geneticamente modificados (GMs) como milho e soja. Os pesquisadores identificaram três proteínas encontradas em alimentos GMs que podem causar no corpo reacões antigliadina. Em resumo, elas podem ter um papel no desenvolvimento da doença celíaca. A gliadina é um dos dois grupos de proteínas na composição do glúten.
A doença celícia é uma condição auto-imune na qual o corpo reage ao glúten como se ele fosse uma toxina. O resultado é dano ao intestino delgado e má absorção de nutrientes. Um média de 1 em cada 123 pessoas sofrem deste problema crônico de saúde. A doença celícia não tem cura. A única opção de tratamento disponível é eliminar o glúten da dieta.
Os cientistas desenvolveram plantas GM inicialmente para criar espécies mais resistentes a secas e pestes. A ideia parece ter sido boa, mas as consequências para a saúde suplantam os benefícios. E mais: os efeitos desejados parecem ter atingido seus limites. O entomologista Kenneth Ostlie, da Universidade de Minnesota, relata casos isolados de milho GM que não têm mais mostrado resistência a pestes.
Parte do problema é que alguns agricultores não fazem a rotação de colheitas. Isto dá às pestes uma oportunidade de se desenvolverem e se tornarem mais resistentes ao próprio inseticida das GM. Dada a curta geração desta organismos, não se espera resistência. No entanto, estas consequências ocorreram mais cedo que o imaginado por cientistas.
Estas descobertas são uma evidência adicional de que a agricultura orgânica, com seu uso mínimo de pesticidas, e a proibição de culturas GM, são a alternativa mais segura, diz o