onibus 174

Análise do documentário ônibus 174 / José Padilha

Introdução

Em 12 de Junho de 2000, no Bairro do Jardim Botânico – Rio de Janeiro, um episódio toma conta de todas as redes de televisão, sendo transmitido ao vivo para milhares de brasileiros, o sequestro do ônibus 174 se torna palco de uma tragédia muito além das vitimas que foram mantidas reféns, da trágica morte de uma delas, Geisa e do sequestrador Sandro. O documentário realizado pelo diretor e cineasta José Padilha relata através de diferente narrativas, documentos, imagens e depoimentos a vida de Sandro Rosa do Nascimento e dos fatos ocorridos naquele 12 de junho.
Sandro que ainda criança, tragicamente viu sua mãe ser assassinada, cresce sendo um garoto invisível para a sociedade, vivendo nas ruas, em meio à drogadição e utilizando-se de atos ilícitos para sua sobrevivência nas ruas, alguns anos depois é marcado por outro fato trágico em sua vida, sobrevivente da chacina da Candelária em 1993, Sandro continua a viver nas ruas, foi institucionalizado por algumas vezes e sete anos mais tarde se torna protagonista de uma nova tragédia “O Sequestro do ônibus 174” Esse trabalho tem por objetivo fazer uma análise do documentário ônibus 174 do diretor José Padilha e interpretá-lo através do conceito marginalista e marxista. Esses conceitos serão elucidados em duas partes desse trabalho e também com uma conclusão sobre o fato social que envolve a vida de tantos Sandros que são invisíveis a sociedade ou vistos como lixo da humanidade, jovens que não tem futuro, que não acrescentam em nada para uma sociedade melhor, ao contrário servem para criar tragédias em que a sociedade olha, julga e se isenta de qualquer responsabilidade pelas tragédias que envolvem essas crianças, jovens e adolescentes.

1º Identificação do conceito marginalista.
Para a escola marginalista, o individuo tem a liberdade de escolha, sendo assim ele pode decidir o que ser, o que ter “Eu quero, eu posso” no conceito marginalista se algo der