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Este trabalho objetiva chegar a uma essência conceitual de urbanização, tentando enxugá-la de toda influência socioeconômica que polui a ideologia urbanística atual e a maneira como é exercida, para depois realizar o caminho inverso: fixando um modelo ideal de urbanização, serão questionados fatores sociais e econômicos atuais que impedem tal modelo de ser concretizado, esboçando, por fim, um novo paradigma sócio-econômico-ambiental compatível com o modelo urbanístico desejado.
Apesar da interdisciplinaridade inevitável ao desenvolvimento do trabalho, buscou-se ao máximo manter o foco, lançando mão do conhecimento de outras áreas apenas com intuito de complementação.
2. CONCEITO DE URBANIZAÇÃO
Dentre as varias definições de urbanização, pode-se fixar que urbanização consiste no surgimento de cidades, oriundo do êxodo rural, acelerado pela revolução industrial na transição do século XVIII para XIX. O modo como surgem tais cidades, bem como os critérios adotados para organizar a densidade demográfica e suas atividades, consiste em modelos de urbanização.
3. INFLUÊNCIA CULTURAL
As formas de urbanização resultam da ideologia socioeconômica da época. Para ser mais específico, é reflexo da ideologia dos detentores do poder de decisão das sociedades. Nesse momento, torna-se crucial lançar mão de conhecimento sobre comportamento humano, na tentativa de dissecar a personalidade de tais representantes para concluir se estes possuem grau de esclarecimento suficiente para conseguirem excluir seus interesses próprios no momento das decisões urbanísticas, e se os próprios valores e sistema político da sociedade contribuem para surgimento de tal comportamento altruísta.
Em uma sociedade cujos valores propaguem o individualismo, elitismo, exibicionismo e competitividade, por exemplo, seria comum encontrar situações