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A fronteira de Brasil-Bolívia fica localizada na cidade de Corumbá/MS que faz fronteira com dois municípios bolivianos: Puerto Suarez e Puerto Quijarro. A cidade mais pantaneira do Brasil e as cidades bolivianas constituem uma região urbana fronteiriça. Essas ligações promovem a integração das sociedades, de culturas, da troca de economia e outros aspectos que ao mesmo tempo favorecem e desfavorecem principalmente a cidade de Corumbá, que é mais desenvolvida e sofre com os impactos que essas movimentações ocasionam.
Aspectos como a imigração boliviana, comércio e segurança são fatores que causam esses impactos, principalmente na cidade de Corumbá, por ser mais desenvolvida e oferecer melhores condições de vida, educação, emprego e outros. Segundo o Ministério da Saúde (2003):
“[...] Esses municípios ficam a mais de 600 km de Santa Cruz de La Sierra, a capital do departamento, e a comunicação não é fácil porque a estrada não é boa, o transporte ferroviário é precário e o aéreo está fora de alcance para a maioria da população. Eis por que, para essa população, Corumbá é um pólo econômico e social mais importante que Santa Cruz de La Sierra”. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003.).
Essa troca de relações representa o fluxo de imigração que há na fronteira, sobretudo a imigração boliviana, que acarreta em aspectos do aumento do comércio e do turismo de compra.
As possibilidades de a população desenvolver atividades econômicas com políticas flexíveis e legalidade aumentam os fluxos de imigrantes bolivianos para trabalhar nas cidades de fronteiras com a Bolívia, como é o caso de Corumbá. Esta mão-de-obra boliviana em sua maior parte é caracterizada por trabalhar nas cidades brasileiras que fazem fronteira com a Bolívia, comercializarem e produzirem aqui e retornar às suas regiões de moradia. Para além de mão-de-obra de trabalho, os imigrantes em sua grande parte recorrem aos serviços prestados pelo governo brasileiro para melhor serem atendidos