Oficina de Leitura
Os Povos Indígenas têm direito a uma educação escolar específica, diferenciada, intercultural, bilíngue/multilíngue e comunitária, conforme define a legislação nacional que fundamenta a Educação Escolar Indígena. Seguindo o regime de colaboração, posto pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a coordenação nacional das politicas de Educação Escolar Indígena é de competência do Ministério da Educação (MEC), cabendo aos Estados e Municípios a execução para a garantia deste direito dos povos indígenas.
Porém, pensar em ações que possam complementar a aplicação de políticas públicas que permitam a formação qualitativa desses estudantes implica proporcionar o conhecimento da Língua Portuguesa, instrumento essencial para inserção na sociedade.
Sabe-se que a ineficiência da Educação Básica pode promover o analfabetismo funcional e inviabilizar a inserção dos indígenas no ambiente acadêmico, o que pode gerar como consequência a desqualificação para o mercado de trabalho, promovendo a exclusão social.
Ciente desse quadro, entende-se que é preciso voltar um olhar especial para os alunos indígenas, no intuito de minimizar as deficiências nas áreas de Língua Portuguesa, Leitura e Produção Textual, especialmente aos que estão dispostos a ingressar no Ensino Superior.
Desta forma, o ensino da língua, centrado no texto, levará a concretização da teoria da língua, já que, através do projeto de extensão INDÍGENAS: OFICINA DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO, tem-se o objetivo de motivar o aluno a assimilar a redação como um produto de leitura.
Como afirma o título do projeto, seu princípio fundamental é a necessidade de leitura prévia para o aprimoramento da produção textual dos alunos indígenas, pois o objetivo é levar os alunos a serem leitores críticos, tendo argumentos consistentes para expor suas opiniões.
1 INTRODUÇÃO
Muito se fala das dificuldades que os alunos de todos os níveis de escolaridade