Névoa da guerra
No cargo ele enfrentou a crise dos mísseis de Cuba e boa parte da Guerra do Vietnã. Em suas próprias palavras, por sete anos ele viveu a Guerra, não Fria, como ficou conhecido o confronto entre o bloco dos EUA e o bloco da URSS, mas Quente. Kennedy buscava um senhor da guerra experimentado e ótimo administrador de recursos como seu Secretário de Defesa. Alguém experiente em batalhas e que sabia tomar decisões, que tivesse a ideologia de que a guerra é mesmo a morte da razão.
Antes de atender o seu convite à secretaria americana, McNamara passou por cargos privados, mas também já tinha tido atuações em guerras como nas Forças Armadas americanas durante a Segunda Guerra Mundial, como oficial de inteligência da Força Aérea, e ele teve importante participação no front do Pacífico, e participou do planejamento dos ataques aéreos às cidades japonesas.
McNamara, sobre os planejamentos dos bombardeios na guerra fria, alega que não se buscava uma eficiência no sentido de matar mais, mas de vencer a guerra, preservando as vidas e os recursos existentes. Posto num contexto histórico, o objetivo dos que fazem a guerra realmente é fazer seu lado vencer com o menor prejuízo possível, à custa do inimigo. Mas, como o próprio McNamara admite, se eles tivessem perdido a guerra, teriam sido julgados como criminosos.
Sobre esta crise, é mencionada a lição “Empatize com o inimigo”. Ou, no popular, “Ponha-se na pele do inimigo”. O acordo para a retirada dos mísseis em Cuba só foi possível ao dar aos líderes soviéticos concessões que parecessem uma vitória para estes, como a retirada de alguns mísseis em solo europeu (que os americanos sabiam ser obsoletos) e a garantia de que estes não invadiriam Cuba (já não iam mesmo, depois do rescaldo da Baía dos Porcos). À portas fechadas, os americanos se