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Inatismo ou Empirismo.
De onde vieram os princípios racionais? De onde veio a capacidade para a intuição e para o raciocínio? Nascemos com eles? Ou nos seriam dados pela educação e pelo costume? Seriam algo próprio do ser humano, constituindo a natureza deles, ou seriam adquiridos pela experiência?
Durante séculos, a Filosofia ofereceu duas respostas a essas perguntas. A primeira ficou conhecida como inatismo e a segunda, como empirismo.
O inatismo afirma que ao nascermos trazemos em nossa inteligência não só os princípios racionais mas também algumas ideias verdadeiras, que, por isso, são ideias inatas. O empirismo, ao contrário, afirma que a razão, com seus princípios, seus procedimentos e suas ideias, é adquirida por nós pela experiência. Em grego, experiência se diz empeiria, donde, empirismo, conhecimento empírico, isto é, conhecimento adquirido por meio da experiência.
Do lado do inatismo, o problema pode ser formulado da seguinte maneira: visto que são inatos, os princípios e as ideias da razão são verdades intemporais que nenhuma experiência nova poderá modificar. Ora, a história (social, política, científica e filosófica) mostra que ideias tidas como verdadeiras e universais não possuíam esta validade e foram substituídas por outras. Mas, por definição, uma idéia inata é sempre verdadeira e não pode ser substituída por outra. Se for substituída, então não era uma ideia verdadeira e, não sendo uma idéia verdadeira, não era inata.
Do lado do empirismo, o problema pode ser formulado da seguinte maneira: a racionalidade ocidental só foi possível porque a filosofia e as ciências demonstraram que a razão é capaz de alcançar a universalidade e a necessidade que governam a própria realidade, isto é, as leis racionais que governam a natureza, a sociedade, a moral, a política.
Ora, a marca própria da experiência é a de ser sempre individual, particular e subjetiva. Se o conhecimento racional for apenas a generalização e a