Noções de texto
Texto, contexto e intertexto
1.5. Texto
Texto é a totalidade de expressões linguísticas de um ou vários indivíduos em uma determinada situação. É um conjunto de orações relacionadas entre si de maneira coerente e coesa. Sem a coesão, tem-se apenas um conjunto desarticulado de orações. O significado global de um texto não é o resultado da soma de suas partes, mas uma combinação delas que gera um sentido. Um texto sempre se refere a um tema e seus componentes mantêm-se unidos por esse
“fio temático”. É a coerência textual.
1.5.1. Contexto
É a situação, ambiência que a mensagem é transmitida. A escolha dos signos verbais, para-verbais (ritmo, entonação, etc.) e não-verbais é dependente da circunstância em que o texto é produzido. É o que é transmitido na circunstância em que a mensagem é elaborada.
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Assim, por exemplo, a frase: “A nossa cozinheira está sem paladar.” em um jantar, teria um significado; num consultório médico, teria outro significado.
1.5.2. Intertexto
Intertexto é o entrelaçamento de textos. Quando um autor insere em sua composição texto, ou fragmento de outro autor.
Denomina-se intertextualidade a reutilização de textos alheios. As citações, epígrafes, colagens literárias, exemplos de autores, ou a recriação de um texto em outro texto são algumas formas de intertextualidade.
A intertextualidade pode acontecer em vários níveis, como: paráfrase, plágio, paródia, texto de apropriação.
Paráfrase é a reprodução de textos alheios, sem desvios de ideias, de conteúdo. É o resumo de ideias de um texto.
A citação, como foi dito acima, é um tipo intertexto. Contudo, devemos fazer a seguinte distinção: a citação ipsis litteris é uma intertextualidade pura, o comentário ou reescrita da citação é uma paráfrase, ou uma paráfrase ideológica.
Paráfrase ideológica, pois, é a recriação de um texto alheio, conservando as ideias centrais. Exemplo: Gregório de Matos, três séculos antes de Aloísio de Carvalho, escreveu sobre o
mesmo