Re conhecendo nosso lugar no Outro Reflex es sobre Antropologia Contempor nea

Disciplina HZ – Antropologia Contemporânea
2º semestre de 2014
Professor: Christian
Aluna: Stella Boni
(RA:120156)

RE-CONHECENDO O NOSSO LUGAR NO OUTRO
Reflexões sobre Reflexões

“Em suma, somos todos antropólogos, mas ninguém é antropólogo do mesmo jeito (...)”
(Viveiros, 2002. pg.141)
IMAGENS A COMPARTILHAR
Para alguns tipos de conhecimento sobre o humano não basta a mera compreensão racional e objetiva. É necessário um outro tipo de acesso, algo que consiga tocar o conjunto imagético que se encontra necessariamente alhures a nós. A antropologia contemporânea rompeu com a barreira quase mística da objetividade cartesiana e colocou os sujeitos – antropólogos e/ou nativos – nas suas devidas dimensões. O que compõe o universo de trabalho antropológico é uma tentativa de deixar inteligível, traduzir, e de alguma forma compreender, abarcar a raciocinação natural e a racionalização cultural1 de outros. Porém, como compreender o aspecto imaterial intrínseco a processos? O presente texto será basicamente sobre algumas experiências – etnográficas ou em forma de crônicas – ou seja, universos e minha releitura delas.
“Quer ele [isto é, o antropólogo] saiba ou não, seu ato ‘seguro’ de tornar o estranho familiar sempre torna o familiar um pouco estranho” (Wagner, 2010. pg.39)

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Ver Viveiros de Castro, 2002. Nativo Relativo

O antropólogo constantemente se coloca de outra forma em relação a si mesmo a partir de uma relação com o diferente. Roy Wagner trouxe para nós a discussão do que podemos chamar de mecanismo de transposição. Não é suficiente centrarmos no sujeito
Eu para compreender o mundo. Ao mesmo tempo que não podemos conceber o Eu sem o
Outro, essa relação é autodestrutiva. É essa transposição que nos interessa e é ela que se mostra em obras como Um, Nenhum, Cem Mil, que falam sobre transposições de lugares e consciências. Pirandello escreve sobre um homem tão centrado em si mesmo que não percebia seus mais pequenos defeitos – quem dirá os grandes – de maneira que