Neutralidade Cientifica

1700 palavras 7 páginas
O tema da neutralidade é, sem dúvida, um assunto que levanta discussões e atrai, como uma fruta saborosa e convidativa, os intelectuais comprometidos com um saber ou decisões – aparentemente – “científicas e objetivas”. O tratamento rigoroso de determinadas questões, assim como os elementos teórico-metodológicos, fazem parte de um repertório que busca constantemente, à sua maneira, a utilização correta dos procedimentos científicos com o objetivo de elaborar resultados plausíveis e, sobretudo, objetivos.
Do ponto de vista social e histórico, a neutralidade cientifica é um procedimento executável, em outras palavras: é possível excluir-se dos valores construídos socialmente e elaborar, por sua vez, um conhecimento autêntico. Em que medida e circunstâncias a neutralidade/ imparcialidade não passa (e limita-se) a uma utopia científica. Parafraseando o historiador Febvre (1989), a cidade da objetividade pode, realmente, vigiar e expulsar, de vez, o cavalo de Tróia da subjetividade? Essas questões, embora sucintas, nos ajudam a pensar, de fato, as características do saber científico e, com isso também nos ajudam a esquivar de um emaranhado de armadilhas e ideias sem fundamentação.
Dentro desse contexto, a figura do barbudinho e sociólogo Max Weber é referência obrigatória, por um lado, ao desenvolver um método específico para as ciências sociais – ou seja, o método compreensivo – e, por outro lado, por conferir legitimidade às ciências sociais e elevá-la, diretamente, aoo statuto de ciência. Na obra de Weber e, por conseguinte, na sua vida individual, a “neutralidade axiológica” ou precisamente a “isenção de valores” (Wertfreiheit) assume um papel fundamental – e, por sinal, onipresente – em seus postulados teóricos.
De início, duas questões são válidas e esclarecedoras para nossa discussão: em primeiro lugar, é fundamental contextualizar que a palavra “objetividade”, em contraposição à palavra “subjetividade”, era uma aspiração intelectual que, na época de Weber e

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