Neutralidade Cientifica
Aluna: Bruna Nogueira Motta
Curso: Direito – 1° Período (Noturno)
Disciplina: Metodologia do Trabalho Cientifico
Professora: Leoneide
Tópico 7: A neutralidade da pesquisa é uma quimera. Pergunte-se permanentemente a quem interessa o que você está pesquisando.
A desconstrução da neutralidade científica durkheimiana.
Segundo o sociólogo Émile Durkheim, a neutralidade científica é possível quando o pesquisador delimita o seu campo de estudo e se afasta de qualquer tipo de ideia preexistente sobre o tema a ser abordado. No entanto, a neutralidade do trabalho cientifico proposta por Durkheim, no século XIX, é questionável.
A grande questão em torno do tema é a possibilidade do pesquisador se manter neutro naquilo a que seu trabalho se dedica. Sabe-se que o grande fator motivador do início de uma pesquisa é justamente uma ideia, uma concepção pré-formada sobre determinado assunto. A qual, inicia-se com hipóteses e suposições que após um período de maturação e pesquisas envereda-se em uma constatação.
Acessoriamente, a própria delimitação do tema já se configura numa questão de gosto pessoal do pesquisador onde, este elege uma área de grande interesse para efetuar seus estudos e consequentemente encontra um respaldo em certo público alvo, sejam eles leigos ou da comunidade acadêmica.
Sendo assim, conclui-se que, a neutralidade é utópica no campo científico, ou como dito por Marisa Vorraber Costa (2002), é uma quimera. Levando-se, em consideração que a partir do momento em que se predispõe a pesquisar e delimita-se o foco desta, o pesquisador já tem em mente um público alvo e uma opinião pré-concebida daquilo a que se objetiva o seu trabalho científico.