Neutralidade científica

625 palavras 3 páginas
Filosofia Comunicação e Ética
Neutralidade Científica

O autor destaca que no ponto de vista formal, a objetividade poderia ser aceita como a concepção da ciência: conhecer a realidade assim como ela é, e mais perfeita, na explicação mais analítica possível. Ao analisar, a objetividade, como problema colocado a partir do objeto, encontra correspondente a partir do sujeito, que é a Neutralidade. São variantes as posições, desde a dos defensores intransigentes da ciência formal, para quem a realidade se impõe objetivamente, até a dos que acham, no outro extremo, que a realidade é apenas o que subjetivamente imaginamos ser.
Cita ainda duas facções – neutros e engajados - feitas por Dahrendorf. Os neutros acham que os engajados acabam envolvendo-se em ideologias escusas, colocando a ciência a seu serviço, enquanto os engajados atribuem aos neutros outra forma de engajamento, “quem cala consente”. Conforme o texto é preciso acostumar - se à atitude neutra para não desordenar a “ordem pensante” de uma disciplina empírica. Via, pois na neutralidade um postulado metodológico, que depende de posição valorativa.
Segundo o autor, em algumas distinções da neutralidade cientifica estão:

• Fato e valor: se distingue claramente o que se demostra facilmente do outro. De um fato não segue um valor e vice – versa. • Meio e fim: a ciência tende fortemente a ser instrumentalista, sobretudo na linha da produção tecnológica, desligando-se de discutir os fins. Por tanto o desligamento é artificial, ingênuo ou esperto, e também estratégico para o sistema que prefere o cientista competente nos meios e isento nos fins. Com tudo, neutralidade poderia existir apenas nos meios, se estes fossem entidades isentas e instrumentais. Pois nem o sujeito é neutro, nem a realidade social é neutra. • Realidade e ideologia: ideologia é posição a serviço de algum interesse, pessoal e social, eminentemente justificadora. Nunca conhecemos a realidade como ela é tanto porque há

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