Neurociencia, memoria e aprendizagem
Há milhares de anos, as bases do comportamento e cognição humanos são fontes de estudo. A afirmativa “[...] até mesmo nossos ancestrais pré-históricos compreendiam que o encéfalo era essencial para a vida”, citada por BEAR, M et al, reflete a importância da busca pela sede dos nossos desejos, ações, aprendizados. Civilizações antigas, como egípcios, maias, astecas, assírios, chineses entre outros, cientistas e filósofos especulavam a respeito da mente humana a de sua relação com o corpo.
Estudos demonstram que ate o século XIX, importantes teorias sobre a mente e a consciência que a mente e a consciência consideravam que elas são a manifestação de espíritos atuando através do cérebro (Lent, 2010). No entanto, os egípcios foram os primeiros povos a correlacionarem a mente, o cérebro e o sistema nervoso com alterações do comportamento, causados por doenças, dando início ao entendimento do sistema nervoso central. No século lll a.C, filósofos gregos iniciaram uma especulação referente ao relacionamento entre mente e corpo. Os primeiros a realizarem tal especulação foram os filósofos, Alcmeon e Demócrito, que afirmavam que a mente estava localizada no cérebro.
Uma grande pergunta que motivou essa especulação foi o questionamento sobre a localização da mente humana, “onde esta a mente?”. Os povos das civilizações antigas já tinham a ideia de que a mente, o espírito e os males do espírito localizavam-se dentro do crânio, numa substância gelatinosa denominada cérebro. Tais povos utilizavam a trepanação, método através do qual o osso do crânio era perfurado com facas e brocas, por motivos religiosos ou para fins curativos, pois criam que através desses buracos cranianos os espíritos malignos escapavam, além de buscarem curas para enfermidades físicas.
1. - Primeiros esboços do que seria a Neurociência
Ao longo dos anos a busca pelas origens do pensamento,