Negociação
Organização do trabalho em um ambiente de mini-fábricas
Fabiano Leal (UNIFEI) fleal@unifei.edu.br
Ana Carolina Oliveira Santos (UNIFEI) ana_carolyna@yahoo.com.br
Resumo
A paralelização das linhas de produção e o surgimento de mini-fábricas estão diretamente associados ao aumento da capacidade de absorver variabilidades internas e externas do mercado. Assim, tem-se a idéia de se preferir sistemas de produção modulares e linhas menores e paralelas ao invés de uma grande linha. Este artigo surgiu de uma proposta de contribuição teórica e prática para esse tema que possui poucos estudos publicados. O trabalho tem como objetivo analisar a organização do trabalho em uma empresa organizada em mini-fábricas e verificar quais são os principais impactos quando é implantada. Pôde-se verificar também que somente esse tipo de estratégia não necessariamente acarreta na organização de grupo semi-autônomos, o que pode ser comprovado pelo estudo de caso realizado em uma empresa do setor automobilístico.
Palavras-chave: Organização do trabalho, Paralelização, Mini-fábricas
1. Introdução
A evolução, as mudanças do modo de produção e os tipos de organização sempre estiveram atrelados ao desenvolvimento e às exigências de modificações nas formas do trabalho. Mas foi a partir de 1780, com o início do período da Revolução Industrial, que surgiu uma forma mais organizada do trabalho, já que foi nessa época que ocorreu a ruptura das estruturas corporativistas da Idade Média através do desenvolvimento técnico, do aperfeiçoamento das máquinas e da descoberta de novas tecnologias. Como conseqüência dessas transformações, aconteceu um desenvolvimento acelerado da industrialização e conseqüentemente do trabalho assalariado. Assim, começaram a surgir novas propostas de organização do trabalho que foram se adaptando ao longo do tempo, evoluindo do trabalho artesanal para o trabalho industrial, passando