Nativos e Imigrantes Digitais
Nos finais do século XX, ocorreram diversas mudanças que contribuíram para que o sistema de ensino deixasse de ser o mais adequado. Estas mudanças não ocorreram só a nível do vestuário ou do “calão” utilizados pelos estudantes mas também a um nível das mentalidades após a rápida chegada e difusão da tecnologia digital.
Hoje em dia, os estudantes não “sobrevivem” sem utilizar diariamente câmaras de vídeo, telemóveis e computadores. Assim, “(…) today’s students think and process information fundamentally differently from their predecessors.” (Prensky, 2001, p.1). Neste sentido, Prensky considera que o mundo está dividido entre os Nativos Digitais e Imigrantes Digitais. Os primeiros são todos aqueles que nasceram na era da tecnologia e da informação, enquanto os últimos são todos os que nasceram num período anterior a esta “revolução”. Prensky salienta ainda que apesar de muitos Imigrantes se sentirem fascinados pelas novas tecnologias e, consequentemente, se adaptarem a algumas ou a todas elas, nunca pensarão nem agirão verdadeiramente como os Nativos. Visto serem os professores (Imigrantes Digitais) que ensinam os alunos (Nativos Digitais), as preocupações do autor voltam-se para a sala de aula e, assim, destaca a importância das diferenças existentes entre os Nativos Digitais e os Imigrantes Digitais nesse contexto.
O autor afirma que os estudantes estão habituados a receber informação de forma rápida e que estes preferem realizar várias actividades ao mesmo tempo. Todavia, para os professores Imigrantes Digitais, o processo de ensino e aprendizagem não pode, nem deve, ser feito de forma divertida, caso contrário os alunos não aprendem. Ora, este facto leva precisamente o