Imigrantes Digitais educando Nativos Digitais
Immanuel Kant
Ao olharmos para o dia a dia da população de classe média que vive em um grande centro urbano, é fácil observar o quanto a tecnologia permeia suas ações. Computadores, tablets e celulares são usados diariamente, muitas horas por dia e em todos os ambientes: no trabalho, em casa e a qualquer hora no lazer. Se a tecnologia faz parte da vida dos adultos, acima dos trinta anos, muito mais faz parte da vida dos abaixo desta idade, uma vez que estes nasceram já em um mundo em que a facilidade para se adquirir um conector tecnológico e a naturalidade com que estes aparelhos são usados só cresce a cada ano. E então surgem as perguntas: até que ponto a influência da tecnologia em nossas vidas é positiva? O excesso do uso da tecnologia e a dependência dela podem trazer prejuízos para o desenvolvimento intelectual? Ou a tecnologia pode ser uma aliada no processo educativo? Assim, uma vez que a tecnologia faz parte da vida de jovens e adultos e com a sua evolução e propagação fará parte cada dia mais dos afazeres corriqueiros, não será possível ignorá-la no âmbito educacional. Nos últimos cinquentas anos vivemos em meio a uma revolução: saímos da sociedade industrial para a sociedade de informação. Apesar das claras mudanças nossa educação ainda continua pautada em paradigmas da sociedade industrial. As tecnologias de informação e comunicação estão presentes de muitas maneiras na vida da juventude e devido a esse descompasso a escola muitas vezes encontra dificuldade em responder às necessidades dos jovens e em prepará-los para a vida. Os alunos hoje têm acesso a uma grande porção de recursos tecnológicos que influenciam sua maneira de estudar, de aprender, de pesquisar e apreender a cultura e o mundo. Os alunos de hoje não são os mesmos para os quais o nosso sistema educacional foi feito, eles se transformaram e o uso da tecnologia fez parte dessa