narraçao subjetiva
Existe também um outro tipo de composição chamado narração subjetiva. Nela os fatos são apresentados levando-se em conta as emoções, os sentimentos envolvidos na história. Nota-se claramente a posição sensível e emocional do narrador ao relatar os acontecimentos. O fato não é narrado de modo frio e impessoal, ao contrário, são ressaltados os efeitos psicológicos que os acontecimentos desencadeiam nos personagens. É, portanto, o oposto da narração objetiva.
Daremos agora um exemplo de narração subjetiva, elaborada também com o auxílio do esquema de narração. Escolhemos o narrador em lª pessoa. Esta escolha é perfeitamente justificável, visto que, participando da ação, ele envolve-se emocionalmente com maior facilidade na história. Isso não significa, porém, que uma narração subjetiva requeira sempre um narrador em lª pessoa e vice-versa.
Obs.: Por limitações do Editor utilizado na criação desta página, o título e os parágrafos da dissertação abaixo não seguem as normas apresentadas nesses capítulos. Com a fúria de um vendaval
Em uma certa manhã acordei entediada. Estava em minhas férias escolares do mês de julho. Não pudera viajar. Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a movimentação de uma feira livre.
Não tinha nada para fazer, e isso estava me matando de aborrecimento.
Embora soubesse que uma feira livre não constitui exatamente o melhor divertimento do qual um ser humano pode dispor, fui andando, a passos lentos, em direção aquelas barracas. Não esperava ver nada de original, ou mesmo interessante. Como é triste o tédio! Logo que me aproximei, vi uma senhora alta, extremamente gorda, discutindo com um feirante.
O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão acalmar a nervosa senhora. Não sei por que brigavam, mas sei o que vi: a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda (monstruosa), erguia seus enormes braços e, com os punhos cerrados, gritava