musica e surdo
Jane Paulino Pereira1
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Técnica em Assuntos Educacionais- IFCE campus Crato. Email: janepaulino2@hotmail.com
Resumo: Este artigo aponta sugestões para o estudo da música com pessoas surdas no propósito de ampliar seus conhecimentos com a natural sensibilidade que a música proporciona. Baseando-se no ritmo, que é um dos elementos da música, e especificamente o ritmo devisivo, no qual se norteia a cadência ocidental, obedecendo ao ambiente cultural que estão inseridos, essas atividades devem guiar-se por movimentos e criação de sons extraídos do próprio corpo que possam ser reconhecidos por eles nos diversos ambientes musicais que freqüentem, promovendo assim a inclusão. Por estarmos circundados por ações rítmicas, a experiência musical que usa atividades percussivas, possibilitam ao surdo uma maior compreensão dessas ações. Propõe-se aqui uma experiência de educação musical que além de obedecer à legislação que estabelece a inclusão, possibilita aspectos importantes como motivação, criatividade, capacidade de concentração, socialização, raciocínio lógico, aumento da autoestima e expressão corporal, além de gerar sentimento diversos como paixão, alegria, amor e tristeza, o que faz da música nesse contexto um verdadeiro agente socializador.
Palavras–chave: atividades musicais, surdez, inclusão.
1. INTRODUÇÃO
Os surdos não devem ser tratados como deficientes somente por que possuem uma limitação auditiva, mas como uma minoria lingüística e cultural que possui necessidade como qualquer ser humano em todas as áreas de sua vida. Deste modo a justificativa e relevância deste trabalho é oferecer ao portador de deficiência auditiva a oportunidade de inserção ou desenvolvimento no contexto musical, beneficiando todos os envolvidos. A prática apontada nesse trabalho é usar o método de percussão corporal, que é uma atividade rítmica criativa e divertida, diferenciada das demais experiências de