Mundo às avessas
INSTITUTO DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS
Mundo às avessas: estudo teórico-comparativo da poesia satírica nas duas versões da música “Cálice”.
Salvador
2013
JESSICA SANTOS
LIVIA STOCKER
Mundo às avessas: estudo teórico-comparativo da poesia satírica nas duas versões da música “Cálice”.
Projeto de dissertação apresentado à disciplina de Literatura Portuguesa e o Imaginário Brasileiro, do Programa de Graduação em Letras Vernáculas com Língua Estrangeira da Universidade Federal da Bahia – UFBA, com requisito parcial de avaliação.
Orientadora: Profª. Drª. Cláudia Cerqueira.
Salvador
2013
Vive-se em um período de grande incerteza, onde a desigualdade e o desejo de justiça permanecem, gerando certa revolta e perplexidade sob a vida. Há uma espécie de desacerto nesta injustiça evidente, como se o mundo não fizesse sentido e é isto que nos diz Martim Moya em sua cantiga satírica galego-portuguesa, Camões em relação ao seu tempo e, atualmente, o cancioneiro popular brasileiro, como o Chico Buarque e o Criolo.
A questão do “mundo às avessas” é uma expressão do descontentamento com as questões do mundo contemporâneo expostas através do seu tempo. O trovador Martim Moya no século XIII; Camões no Renascimento, três séculos depois; Chico Buarque no período da Ditadura Militar, em 1973; e, por fim, a versão do rapper Criolo escrita em 2010. Esse desconcerto do mundo destaca as queixas e críticas dos poetas contra a desordem, injustiça, corrupção e inversão de valores presentes em cada época.
O trovadorismo teve seu início no século XII na região da Provença, no sul da França, e lançou jograis que acabaram se espalhando por vários países da Europa. Esses trovadores eram artistas de origem nobre, que compunham e cantavam essas poesias, acompanhados de instrumentos musicais. A influência da poesia