Movimentos Sociais e Educação
O texto aborda a relação entre os movimentos sociais e educação, desde o fim da década de 70 até o ano 2010, dando destaque a educação não formal, na qual o grande educador está no “outro”, sendo este a pessoa com a qual interagimos e/ou nos integramos. A autora aborda exemplos e características dos Movimentos Sociais, na América Latina e logo no Brasil, enfocando os saberes e as aprendizagens que são adquiridas com os mesmos. Para ela, os Movimentos são: “fontes de inovação e matrizes geradoras de saberes”, sendo assim, de caráter político-social. Os movimentos e grupos sociais permitem, ou deveriam, ações práticas com o intuito de estabelecer uma relação entre movimento social e educação, podendo esse ocorrer de duas formas: na interação dos movimentos em contato com instituições educacionais e no interior do movimento, dando caráter educativo de suas ações.
Maria da Glória Gohn conceitua os movimentos sociais como ações coletivas de caráter sociopolítico, construídas por atores sociais pertencentes a diferentes classes e camadas sociais. Eles politizam suas demandas e criam um campo político de força social na sociedade civil. Suas ações estruturam-se a partir de repertórios criados sobre temas e problemas em situações de: conflitos, litígios e disputas. As ações desenvolvem um processo social e político-cultural que cria uma identidade coletiva ao movimento, a partir de interesses em comum. Esta identidade decorre da força do princípio de solidariedade e é construída a partir da base referencial de valores culturais e políticos compartilhados pelo grupo.
Se bem analisado tais conceitos podem considerar todos pertinentes, os movimentos sociais se resumem em um pouco de cada conceito caracterizado e mencionado acima, no entanto, uma questão que deve ser levada em consideração é quanto aos objetivos reais dos movimentos sociais, pois eles não se resumem em ações contra