Educação e movimentos sociais
América Latina: lutas, experiências e debates por uma integração dos povos
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014
Autoriza a publicação:
Movimentos sociais e educação: desafios à emancipação humana.
Nicolle Marra Ivanoski1
Aprendam, porque vamos precisar de toda vossa inteligência.
Protestem, porque vamos precisar de todo vosso entusiasmo.
Organizem-se, porque vamos precisar de toda vossa força.
Antonio Gramsci
Resumo
A proposta desse artigo é realizar uma reflexão sobre a dimensão educativa dos movimentos sociais, partindo da hipótese de que estes são dotados de elementos extremamente educativos, buscar-se-á perceber as entraves impostas pela sociedade capitalista e consequentemente os desafios colocados a emancipação humana. Este trabalho tem como premissa uma ampla concepção de educação, para além dos muros da escola formal, considera-se que a aprendizagem e a produção de conhecimento advêm também de outros espaços sociais. É nessa concepção que a relação entre os movimentos sociais e educação será inserida, numa perspectiva crítica da realidade social, na qual o movimento se constitui enquanto prática emancipatória à medida que articula a participação e a ação dos sujeitos em todos os processos de construção e autoconstrução de saberes.
Dimensão educativa dos movimentos sociais
Partindo da hipótese que há uma pedagogia constituinte dos movimentos sociais, é possível pensar e refletir sobre a dimensão educativa de tais movimentos, que coletivamente se organizam em prol de transformações e melhorias sociais, a partir dessa reflexão, a proposta aqui é avançar no debate sobre o caráter educativo dos movimentos sociais e os desafios, no que refere-se à emancipação humana através da educação.
Nessa perspectiva, é necessário inicialmente compreender o caráter educativo dos movimentos sociais, para