Movimento estudantil
Ficou conhecido no Brasil inteiro, durante a década de 90, o movimento dos “caras-pintadas“, que consistia em multidões de jovens, (maioria adolescente), que saiam nas ruas de todo o país(Salvador, Recife e Brasilia) com os rostos pintados em protesto aos acontecimentos que abalavam o governo do presidente Fernando Collor de Mello.
Em 1989, Collor foi o primeiro presidente a ser eleito por voto direto desde 1960, com promessas de combate à hiper inflação, corrigir os costumes e caça aos corruptos (”marajás”).Porém, o governo em que muitos acreditavam começou a mostrar falhas . O Plano Collor de conter a inflação foi um desastre , causando pânico no povo, além de denúncias de corrupção que iam surgindo por todos os lados, com declarações vindas do irmão do presidente e envolvendo pessoas ligadas ao Collor, em especial um personagem muito conhecido: Paulo César Farias, o PC Farias, tesoureiro da campanha eleitoral de Collor.
O apoio político e popular ao governo foi diminuindo em 1992, até que então, o presidente resolve reagir e dizer a população para sair às ruas e manifestar seu apoio ao governo usandousando “camiseta ou qualquer peça de roupa nas cores do nosso país”, como diria o presidente em um forte discurso.
Influenciados pelos protestos ocorridos na década de 60 os “caras-pintadas” saem às ruas (MASP), mas vestindo e pintando-se de preto(domingo negro), despresando as palavras de Collor, parcialmente irônico, parcialmente consciente de seus direitos. A imprensa adotou o termo caras-pintadas aos jovens, tornando-os ícones do desgosto popular contra o poder formado, mas, que diferentemente do movimento consciente e militante do passado, os protestos de 20 anos depois assumiu um tom de humor, ironia, anarquia e um posicionamento político não tão marcado, e por isso recebendo críticas como um movimento artificial de mímica dos históricos protestos da era militar.
Mesmo assim, os “caras-pintadas” se tornaram