montagem da economia colônia brasileira (séculos XVI e XVII)
Bom, neste 2° capítulo analisamos ainda superficialmente a montagem da economia colonial, onde até 1530 a exploração da colônia era controlada pela coroa e concentrava seus esforços na retirada do pau-brasil. Mas, contudo, após as disputas com a Espanha pela divisão do “novo mundo” e as invasões de piratas franceses, esse quadro foi modificado, e como o cultivo de cana-de-açúcar já havia sido testada com sucesso a agricultura de exportação seria uma melhor alternativa para os interesses da coroa. Então, o sistema de feitorias cederia espaços aos projetos de efetiva ocupação, então foi implantado um sistema de distribuição das terras, e como modelo teve as doações reais. Sob tal sistema, dividiram-se as terras em 14 capitanias hereditárias para 12 capitães donatários. Quanto a população nativa do Brasil, os que dominavam as costas era o povo tupi. E diferente da sociedade européia essa sociedade se organizava através do parentesco, mito, ritos, estavam em constantes processos de segmentação, tendo a guerra como afirmação da identidade e claro a preeminência dos chefes e xamãs. A aldeia obviamente era a principal unidade de organização desse povo, mas não dando brechas para organizações políticas, as alianças eram firmadas de acordo com as necessidades atuais de cada tribo. Para o povo tupi, a guerra não era para deter subordinados políticos e outros grupos, tinha sentido cultural. Os portugueses queriam escravos para o cultivo da cana e como os índios não se interessavam mais pelo escambo eles começaram então a comprar os prisioneiros de guerra entre tribos, tentaram intensificar as guerras intertribais para assim ter um mercado de escravos amplo, porém não é da cultura indígena manter escravos, logo esses confrontos não geravam a quantidade esperada de escravos e essas interferências só acirraram o confronto luso-indígena. Os tupis destruíram alguns núcleos