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"A divisão espacial na cidade surge como reflexo da divisão social da sociedade que a habita."
Desde o início do processo de formação das cidades, aqueles que possuíam mais dinheiro se instalaram em regiões com melhores condições físicas, deixando para o restante, regiões inferiores. Os quais, logo, ocuparam áreas deficientes, impróprias para a habitação, a exemplo de encostas e morros. Essa divisão se perpetuou ao longo do tempo e se intensificou, tornando-a cada vez mas evidente.
A respeito da infraestrutura, a população que apresenta melhores condições financeiras exerce mais influência perante as autoridades, obtendo maior número de obras em sua localidade. Já os pobres, recebem menos investimentos do governo.
Devido à carência estrutural, surgem outros entraves em algumas regiões, como problemas na saúde pública e aumento da violência. O primeiro é explicado por dois principais fatores: falta de unidades de saúde e de saneamento básico. Sem iniciativas do Estado, não são oferecidos hospitais, postos de saúde e saneamento básico à população, dificultando o acesso aos mesmos.
A violência é acrescida pela dificuldade de se manter um policiamento eficaz nas localidades, uma vez que a ocupação irregular cria regiões difíceis de serem patrulhadas. Ruas estreitas, becos sem saída e atalhos encobertos são empecilhos . Com isso, o crime organizado, incluindo o tráfico de drogas, encontra uma região propensa para se desenvolver, e por fim os índices de violência aumentam.
O fato de morar em regiões pobres faz com que as pessoas sejam associadas aos problemas destas. Por isso, a população residente nas periferias é vista de forma preconceituosa, sendo tratada como possíveis delinquentes. Ao buscar empregos ou ao entrar em contato com o resto da população urbana, elas são postas de lado, pois julgam-nas como inferiores e más.
Uma vez que arranjar emprego se torna uma tarefa difícil para a população carente, a