Mito amor materno
Psicologia da Educação
Ana Luiza Capelle Conrado N.F. IC
Professor Antônio Franco
Texto 1 O LONGO REINADO DA AUTORIDADE PATERNA E MARITAL
Retrata as origens da submissão feminina nos lares e na sociedade desde os contextos bíblicos.
Aristóteles afirmou que devido a frágil capacidade de deliberação da mulher, ela não era digna de consideração. Devia, portanto, vencer a dificuldade de obedecer a um homem que possui autoridade legítima sobre ela. Ainda explica tal condição do pai/marido pela essência, pois o homem é a criatura mais acabada, e em virtude da semelhança do mesmo com o divino (que comanda suas criaturas), o homem deveria ser aquele que exerce o poder no lar.
Baseado no livro de Gênesis, e em outras citações bíblicas é retratado a submissão da mulher ao homem desde a criação do humano. A mulher é vista como inferior pela razão da mesma vir de uma parte do corpo do homem, e ainda, é responsável pelo primeiro pecado, citando Eva ao induzir que Adão comesse o fruto proibido. Logo depois foi castigada com a dor do parto e a eterna submissão ao homem.
Segundo São Paulo o homem, como foi criado primeiro, deveria ser o chefe do casal e possui o direito de mandar. Mas as ordens do marido deveriam ser temperadas pelo amor e pelo respeito à mulher. E assim como Aristóteles, São Paulo recomendava à esposa o comportamento da modéstia e silêncio, reforçando a submissão ao marido.
A figura paterna deveria de acordo com a Igreja, criar os filhos para serem bons cristãos já que os filhos são presentes de Deus. Não era de direito de o pai decidir sobre a vida do filho, pois a Igreja condenada o abandono, o aborto e o infanticídio. Mas perante a miséria da maioria, foram criadas no século XVII as primeiras casas para acolher crianças abandonadas.
Era de direito da figura paterna também, decidir sobre o casamento dos filhos. Em 1556 Henrique II proclamou que os filhos que se casassem contra a vontade dos pais seriam