A SÍNDROME DE BURNOUT NA EQUIPE DE ENFERMAGEM
A Enfermagem é a arte do cuidar, é a ciência que se dedica a promover, a manter e a restabelecer a saúde das pessoas. A assistência prestada pela equipe de enfermagem proporciona um vínculo direto com os pacientes, pois estes permanecem mais tempo com ela do que seus próprios familiares, podendo estreitar os laços em uma relação de proximidade, gerando certa dependência entre o cuidador e o paciente.
A força de trabalho da enfermagem é constituída de mais de um milhão de pessoas. São enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, à mercê de condições de trabalho capazes de ameaçar a própria sobrevivência da profissão. Dois grandes problemas mundiais dos sistemas de saúde: escassez e evasão do pessoal de saúde - estão reconhecidamente ligados às condições de trabalho existentes nos estabelecimentos de saúde. (Cartilha ABEn/RJ, 2006).
Cada vez mais os profissionais de saúde, principalmente aqueles que trabalham em âmbito hospitalar, estão desenvolvendo problemas de saúde relacionados ao trabalho. Não somente na esfera física, mas também na psíquica, social e econômica, gerando muitas vezes a incapacidade laborativa temporária ou permanente, resultando até mesmo numa aposentadoria precoce.
A Síndrome de Burnout (SB) é o resultado do esgotamento, decepção e perda de interesse pelo trabalho, trazendo consigo consequências negativas que impactam diretamente na qualidade de vida destas pessoas, ocasionando grandes transtornos em seu ambiente de trabalho. Batista et al. (2013), considera a SB como uma epidemia entre os trabalhadores que lidam com pessoas. Ela apresenta alta incidência em profissionais como médicos, enfermeiros e professores, no mundo inteiro, e pode ser vista como uma importante questão de saúde pública. Essa síndrome é um dos agravos ocupacionais de caráter psicossocial mais importante na sociedade atual.
A enfermagem, não ficou isenta às novidades do mundo, assim entende-se que estudar as manifestações da Síndrome de Burnout