Badinter, elisabeth. “um amor conquistado: o mito do amor materno” , editora nova fronteira s/a, flammarion, paris, 1980.
A partir da leitura do livro “O amor conquistado: O mito do amor materno”, pode se analisar o processo antropológico da presença da mulher no contexto familiar. De acordo com o capítulo “A nova Mãe”, são citados os fatores que influenciavam o comportamento da “boa mãe” no período do século XVIII e XIX. No momento em que as provas de amor se tornam comum, os filhos, bebês e crianças, se tornam objetos privilegiados da atenção materna e a mulher aceita certos sacrifícios para que seu filho continue vivo e permaneça saudável próximo a ela. Era comum nesse período secular, as camponesas amamentarem os filhos e dividir o leite com outro bebe. Segundo Shorter, “modernas são as mães que só amamentam o próprio filho, recusando-se a aceitar outros.”. Ainda no século XVIII a saúde da criança se tornou algo importante para a preocupação dos pais em relação à alta mortalidade infantil. Com o aperfeiçoamento da vacina, em 1796, garantindo a imunização das crianças, conquista-se a confiança dos pais esclarecidos. Mas é preciso investir em incentivos para convencer que era o melhor para as crianças a prevenção de doenças através de vacinas, mas para muitos era o mesmo que injetar veneno no sangue dos filhos. No século XIX, com a confiança de algumas famílias em relação à medicina, a nova mãe passa a ter responsabilidade em garantir a saúde de seus filhos com os ditos médicos de família. Que através de uma aliança, foi constituída por parte dos médicos, uma autoridade domiciliar. No livro compreendem-se os diferentes tipos de comportamentos da mulher mãe em relação ao seu bebê. É notório que os costumes culturais, sociais e econômicos