Badinter, elisabeth. “um amor conquistado: o mito do amor materno” , editora nova fronteira s/a, flammarion, paris, 1980.

842 palavras 4 páginas
“A maternidade é um dom e não um instinto como nos tentam fazer crer. Convém deixar em paz aquelas que não querem ser mães.” Há um dilema ao contrastar as ambições ou frustrações de ser mãe, principalmente ao contrariar a crença de que o sentimento por ser mãe, não é algo que esteja diretamente ligado à natureza feminina.

A partir da leitura do livro “O amor conquistado: O mito do amor materno”, pode se analisar o processo antropológico da presença da mulher no contexto familiar. De acordo com o capítulo “A nova Mãe”, são citados os fatores que influenciavam o comportamento da “boa mãe” no período do século XVIII e XIX. No momento em que as provas de amor se tornam comum, os filhos, bebês e crianças, se tornam objetos privilegiados da atenção materna e a mulher aceita certos sacrifícios para que seu filho continue vivo e permaneça saudável próximo a ela. Era comum nesse período secular, as camponesas amamentarem os filhos e dividir o leite com outro bebe. Segundo Shorter, “modernas são as mães que só amamentam o próprio filho, recusando-se a aceitar outros.”. Ainda no século XVIII a saúde da criança se tornou algo importante para a preocupação dos pais em relação à alta mortalidade infantil. Com o aperfeiçoamento da vacina, em 1796, garantindo a imunização das crianças, conquista-se a confiança dos pais esclarecidos. Mas é preciso investir em incentivos para convencer que era o melhor para as crianças a prevenção de doenças através de vacinas, mas para muitos era o mesmo que injetar veneno no sangue dos filhos. No século XIX, com a confiança de algumas famílias em relação à medicina, a nova mãe passa a ter responsabilidade em garantir a saúde de seus filhos com os ditos médicos de família. Que através de uma aliança, foi constituída por parte dos médicos, uma autoridade domiciliar. No livro compreendem-se os diferentes tipos de comportamentos da mulher mãe em relação ao seu bebê. É notório que os costumes culturais, sociais e econômicos

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