Micotoxinas
Aspergillus flavus
AS MICOTOXINAS
Os fungos são elementos microbianos encontrados em todos os lugares, seja na água, no ar ou no solo. Existem milhares de espécies de fungos e, dentre estes milhares, algumas espécies atacam ou apenas sobrevivem em produtos agrícolas. Alguns destes fungos possuem a capacidade de produzir toxinas, chamadas de micotoxinas.
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FOOD INGREDIENTS BRASIL Nº 7 - 2009
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história das micotoxinas começa em 1960, quando um surto de mortes inexplicáveis de aves no
Reino Unido
(especialmente
perus) foi investigado. O surto ficou mundialmente conhecido como turkey x disease. Chegou-se à conclusão que o problema estava na ração, a qual havia sido produzida com amendoim importado da África e do Brasil.
Esse amendoim estava contaminado com uma substância fluorescente produzida pelo fungo A spergillus flavus. Da expressão inglesa A. flavus toxin derivou a palavra aflatoxina.
Hoje, é de conhecimento geral que não existe uma aflatoxina, mas no mínimo 17 compostos tóxicos, dentre os quais os mais importantes são as aflatoxinas B1, G1, B2 e G2, sendo que a aflatoxina B1 (AFB1) é considerada o agente natural mais carcinogênico que se conhece. Por conta disso e
pela prevalência deste fungo (e de outras espécies produtoras), é a mais importante micotoxina no Brasil.
A partir de 1962, quando se estabeleceu as causas do surto, pesquisas subseqüentes encontraram outros fungos produtores de substâncias tóxicas diferentes. A
Tabela 1 oferece uma visão geral das mais importantes micotoxinas.
Os piores efeitos das micotoxinas no homem tendem a ser os crônicos, de difícil associação com o consumo de alimentos contaminados. Os principais efeitos registrados são indução de câncer, lesão renal e depressão do sistema imune.
Uma vez que as micotoxinas costumam ser termoestáveis, a abordagem preventiva em relação a elas é de suma importância. Evitar
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