Serviço social e família
A presente comunicação é fruto das aulas ministradas no módulo I do Curso: “Famílias na Contemporaneidade e a Intervenção do Serviço Social” oferecido pela Faculdade de Serviço Social/Universidade Federal de Juiz de Fora, aos supervisores de campo de estágio. O intuito da apresentação é problematizar a temática que abrange a centralidade/ focalização das famílias nas políticas sociais na contemporaneidade, e apontar algumas reflexões para a intervenção do Serviço Social com famílias. Nesta comunicação, é realizada uma revisão bibliográfica de autores que vêem discutindo a temática no campo do Serviço Social, procurando levantar problematizações para a profissão, na tentativa de construir um caminho teórico que abranja um viés de interpretação de tal temática pautado no projeto ético-político profissional hegemônico¹ que tem como norte a teoria crítica marxista. A família, ao longo da história, tem sido alvo de discussões dos mais diversos campos, sendo reconhecida, principalmente, sua importância no âmbito da proteção social. Porém, de acordo com Mioto (2008a), o debate em torno do papel da família na esfera da política social ocorreu de forma secundária, sendo esse contexto alterado nos anos de 1970 com os questionamentos provenientes da crise do Welfare State, “que fizeram com que a família fosse “re-descoberta”, tanto como instância de proteção, como também quanto possibilidade de “recuperação e sustentação” de uma sociabilidade solidária” (MIOTO, 2008a, p. 130). A partir destas considerações, explicita-se assim, que o conteúdo a ser apresentado, parte da compreensão de que o tema das famílias e políticas sociais possui um relevante significado na atualidade, uma vez que as políticas tem incorporado as famílias na sua configuração. Mais ainda, quando se trata da relevância de tal discussão para a profissão, pois conforme Mioto (2004)