SERVIÇO SOCIAL E FAMILIA
O capitulo I aborda uma rica fonte de dados documentais relacionados à infância e adolescência, dando enfoque à assistência pública e privada no Brasil, buscando compreender como as crianças eram vistas desde os tempos mais remotos.
Os autores fez compreender qual o lugar ocupado pelas crianças nas informações que sobreviveram aos tempos no cenário histórico brasileiro, captando não somente as informações visíveis, mas também os silêncios e as lacunas presentes em tais documentos (p. 35).
Os anúncios e denúncias quanto à situação das crianças e adolescentes. A situação da infância permanece marcada por avanços e retrocessos não tão animadores assim, aparentando desaparecer do imaginário coletivo a criança de rua foco de luta dos movimentos sociais dos anos 90, substituída pela imagem ameaçadora do jovem infrator.
Aborda uma leitura histórica da “infância sem disfarce”, sendo o foco principal dessa história a infância pobre e, neste percurso, desponta-se a infância e as crianças pobres e os responsáveis por assisti-las:
Os Asilos também foram grandes responsáveis pelo recolhimento da infância e adolescência desvalida, principalmente no século XIX, impulsionados pela “idéia de propiciar educação industrial aos meninos e educação doméstica às meninas, preparando-os (as) para ocupar o seu lugar na sociedade”; incutindo nessas crianças e adolescentes “o sentimento de amor ao trabalho” e uma “conveniente educação moral”, tal como pregava o regulamento do Abrigo de Menores, datado de 1924. Há que ressaltar aqui que foi somente a partir dos anos 80 que o sistema de internato destinado à infância/adolescência pobre começa a ser questionado no Brasil, por se mostrar como uma prática dispendiosa aos cofres públicos, considerada ineficaz e injusta, produzindo o chamado “menor institucionalizado”, os quais “apresentavam grande dificuldade de inserção social após anos de condicionamento à vida institucional”.
No século