Família e Serviço Social
Uma das questões no qual percebemos significativas mudanças é na relação entre a família e o Estado, no que tange a proteção social dessa. A fim de compreendermos a atual e contraditória relação entre família e Estado é importante analisarmos como essa relação foi construída na sociedade. Nesse sentido, Mioto (2008) faz um resgate da trajetória histórica da relação entre estas duas instituições, de uma maneira geral, desde a passagem do feudalismo para o capitalismo até a fase atual do capitalismo, sob a égide do neoliberalismo.
No feudalismo a proteção social era exercida pela família, pela Igreja e pelos senhores feudais. Toda a família trabalhava em casa e não havia divisão entre o mundo do trabalho e a casa. Com o surgimento do capitalismo ocorre essa divisão, além de uma visão bem delimitada de papéis entre as mulheres e os homens, os últimos assumindo o papel de provedor e chefe da família, acirrando assim as relações de gênero. As mulheres também assumem papéis bem delimitados, como o cuidado da casa e da prole, assim como o cuidado com o marido, devendo mantê-lo afastado das ruas e dos bares. (Mioto, 2008)
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