metodo de grossman e jominy
Definição
A temperabilidade é habitualmente definida como sendo a capacidade de um aço para formar martensite na têmpera. É neste contexto que a temperabilidade é normalmente entendida no estudo de aços-ferramenta. Existem no entanto autores que alargam o conceito de temperabilidade à capacidade de endurecer um aço através de um arrefecimento partindo do domínio austenítico; neste caso as micro-estruturas finais visadas tanto podem ser a bainite como até mesmo a perlite fina.
Curvas em "U"
Outro dos processos empregues para determinar a temperabilidade baseia-se na medição da dureza ao longo de duas (ou mais diagonais) da secção recta de provetes cilíndricos de diferentes diâmetros temperados em diferentes condições. Os perfis de dureza obtidos têm normalmente a forma de "U" e permitem caracterizar a temperabilidade de um aço: quanto tanto mais elevadas são as durezas obtidas e mais "achatados" são os perfis de dureza (maior penetração de têmpera) tanto mais temperável será o aço.
O traçado destas curvas em "U" está na base de uma tentativa de quantificação do parâmetro temperabilidade por
Grossman. Numa primeira abordagem explorou a noção de "profundidade de têmpera", evidenciada pela diferenciação entre o aspecto da periferia mais endurecida e a região central (da secção recta de provetes cilíndricos temperados). Sucede no entanto que se se pretendesse usar a profundidade de têmpera como parâmetro quantificador da temperabilidade teria que se impor uma geometria única para poder tornar comparáveis os diferentes ensaios com diferentes aços; ora, a adopção de um diâmetro muito reduzido traria problemas de representatividade para os aços de alta temperabilidade (que endureceriam de modo muito semelhante em toda a secção recta, tornando difícil a distinção entre eles); por outro lado, um diâmetro suficientemente grande para eliminar este problema com os aços de alta temperabilidade faria surgir problemas com aços de baixa