metafora e metonimia
p. 121 – “1. Metáfora e metonímia”
Dois são os mecanismos básicos de alteração do sentido das palavras: a metáfora e a metonímia. Esses dois recursos são chamados normalmente figuras de palavras. - (...) - além disso, como metáfora e metonímia são recursos de alteração de sentido, preferimos chamá-las recursos retóricos.
p.121 – “2. Metáfora”
Como o leitor percebe que um termo é metafórico? Quando, no contexto, a leitura do termo no seu sentido próprio fica inadequada, imprópria.
Uma metáfora, uma vez construída, pode estabelecer um plano de leitura metafórica para todo o texto.
p. 122 – “3. Metonímia”
Metonímia é, então, a alteração do sentido de uma palavra ou expressão quando entre o sentido que o termo tem e o que adquire existe uma relação de inclusão ou de implicação.
“ (...) a metonímia distingue-se nitidamente da metáfora, porque, enquanto esta se baseia numa interseção de traços significativos, aquela se fundamenta em relações de inclusão e de implicação.
Como o leitor percebe que um termo tem um valor metonímico? Quando a leitura do termo no seu sentido próprio produz uma inadequação, uma imprecisão de sentido.
Também uma metonímia, uma vez construída, pode estabelecer um plano de leitura metonímica para o restante do texto.
p. 124 – Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz a consciência; e o melhor da obrigação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa, e a hipocrisia, que é um vicio hediondo. Mas, na morte, que diferença! Que desabafo! Que liberdade! Como a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso as lantejoulas, despregar-se, despintar-se,