Memória e cultura afro-brasileira
História e memória não são sinônimas, a memória é múltipla e é ao mesmo tempo lembrança e esquecimento, enquanto a história é a reconstrução do passado, é uma ciência de construção da sociedade, na medida em que narra o que deve ser lembrado. Tudo aquilo que acontece que fica registrado na memória e que é contado se torna historia, o que guardamos na memória de certa forma também é historia. A memória é seletiva, ela escolhe como interpretar, o que guardar e de maneira transmitir.
Isso não muda quando falamos da cultura africana, isso é, eram os idosos os guardiões da memória do seu povo, são eles quem transmitiam a história.
A história dos povos africanos é a mesma de toda humanidade: a da sobrevivência material, mas também espiritual, intelectual e artística, o que ficou à margem da compreensão nas bases do pensamento ocidental.
A África é um continente de grande diversidade cultural que se vê fortemente ligada à cultura brasileira. Pode-se perceber grandes diferenças em suas raças, origens, costumes, religiões e outros.
Utilizam muito da oralidade, algo que ainda possui muita importância, ela é “o sopro da invenção da vida”, consideram que não existe vida sem ritmo, são em sua maioria coloridos, radiantes, esbanjam luminosidade; acreditam que a vida se centraliza na religião, os ancestrais são de extrema importância na cultura desse povo.
Os africanos prezam muito a moral e acreditam até que esta é bem semelhante à religião. Acreditam também que o homem precisa respeitar a natureza, a vida e os outros homens para que não sejam punidos pelos espíritos com secas, enchentes, doenças, pestes, morte, etc. Não utilizavam textos e nem imagens para se basearem, mas faziam seus ritos a partir de conhecimentos repassados através de gerações antigas.
Seus ritos eram realizados em locais determinados com orações comunitárias, danças e cantos que podem ser divididos em: momentos importantes da vida,