Memorial de leitura

Ler é mergulhar profundamente em um oceano repleto de letras que nos levam diretamente a um mundo letrado sem fim... ora viajando através do real ora viajando através do fictício. Ao voltar ao passado, não consigo lembrar o momento exato do meu primeiro contato com esse universo encantador. No entanto lembro apenas que o primeiro contato que tive com leitura, foi na primeira série, quando a minha professora Neucí Neves de Souza, que com muito esforço e vontade,( pois não tinha muito conhecimento nem recursos disponíveis ao seu dispor para nos alfabetizar), tentava aperfeiçoar a leitura dos seus alunos apenas com o auxilio dos poucos livros didáticos, onde na maioria das vezes não tinha um repertorio rico em textos diversos onde desde sedo pudéssemos nos apropriar da linguagem diversa que os mesmos possuem, porem era o que tinha a sua disposição. Éramos esforçados, apesar da falta de livros interessantes que pudessem chamar a atenção, foi possível aprender a ler cedo. Creio que essa leitura não era uma leitura adequada onde compreendemos o que estava sendo lido, essa leitura ainda não era cobrada, as leituras eram lidas sem nenhum propósito definido líamos apenas por ler, ou seja decodificando as palavras. Durante todo o ensino fundamental foi à mesma coisa, tínhamos apenas livros didáticos para ler, com textos mecânicos que não trazia nenhuma reflexão, ou progressão de uma serie para outra, não tínhamos outra opção como nos dias de hoje, onde as escolas têm bibliotecas com uma boa diversidade de livros que fazem com que os alunos viagem no mundo da leitura, e compartilhem suas experiências dentro da sala de aula com todos os colegas, onde diversos tipos de textos são circulados, o oposto da minha época, onde apenas uma única leitura era discutida, isso é, quando essa conversa acontecia. Quando comecei o ensino médio tive chance de ler livros literários, mas por falta de interesse ou por falta de costume, durante os três anos de magistério lia apenas